| Sub-título: Manhouce Editora: Círculo de Leitores Encadernação: Dura Peso: 460 gramas Temática: Monografias Idioma: Português
Sinopse: Isabel Silvestre é natural de Manhouce, aldeia que faz parte da freguesia com este nome do concelho de São Pedro do Sul, situando -se nos limites deste município, paredes meias com Arouca e Vale de Cambra. Aldeia escondida na Serra, onde foi professora do Ensino Básico, mantém, ainda hoje, características muito próprias. A maneira de ser das suas gentes, o seu folclore, as suas cantigas despertaram sempre o interesse de especialistas. Armando Leça, Lopes -Graça, Giacometti, entre outros, efectuaram importantes estudos etnográ1cos em Manhouce, tendo o último incluído e registado quatro cantigas na sua obra Cancioneiro Popular Português. Isabel Silvestre tornou -se conhecida no País na sua qualidade de componente do Grupo de Cantares de que durante muitos anos foi solista e presidente. Grupo que mereceu, em Fevereiro de 1985, numa crónica do Expresso, por parte de Miguel Esteves Cardoso, o seguinte comentário: «... em Portugal onde temos a Amália e o Grupo de Cantares de Manhouce ...». Em Dezembro de 1990, Natália Correia escreveu para a capa do quarto disco LP -CD dos Cantares: «Da magia do Coral de Manhouce se eleva, como uma branca auréola musical, a voz puríssima de Isabel Silvestre em que se ouve o marulhar das águas maternas da origem.» Voz que, em espectáculo realizado no Coliseu do Porto, acompanhou Rão Kyao em termos de ter merecido em O Comércio do Porto as seguintes palavras: «Estranha e poderosa, capaz de vocalizar meios -tons. Voz com a grandeza das Catedrais.» Isabel Silvestre desde sempre manifestou um afecto intenso e sem limites pela sua Terra, pelas suas gentes, pelo seu País. Nas suas actuações procura fazer sentir e transmitir aspectos da cultura de um Povo a que se orgulha de pertencer e de relevar a sua especificidade. Sempre música portuguesa, com destaque para a música tradicional. Sempre a sua Terra na alma. Os locais, terras e países por onde anda e onde andou enriqueceram -na em experiências e vivências, em termos de, para além de saber cantar, saber estar, dizer e atrair. Assim o referem Rui Reininho, Pedro Caldeira Cabral, Rão Kyao, Vitorino, José Gil, com quem fez espectáculos e gravações. Cantou no Palácio de Belém, Assembleia da República, Paço dos Duques de Bragança, Centro Cultural de Belém, Jerónimos, Palácio da Bolsa, residência de Amália Rodrigues, Castelo de São Jorge, Torre de Belém, etc. e, no estrangeiro, na Embaixada de Portugal em Espanha, nas Filipinas, Macau, Timor, Canadá, EUA, Alemanha, França, etc. Ramalho Eanes visitou oficialmente Manhouce por sua causa e do Grupo de Cantares. Jorge Sampaio, no dia 10 de Junho, outorgou -lhe a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique. Mas Isabel Silvestre não se esgota nas cantigas. Em termos práticos, procurou desenvolver socialmente a sua freguesia. Candidatou -se e foi eleita Presidente da Junta como independente. Lançou uma unidade de turismo de habitação, exemplar na recuperação da arquitectura rural. É autora de Memória de um Povo (I) e Cancioneiro Popular de Manhouce, ambos esgotados, e de um livro de culinária, Doçuras. Com a presente obra procura relevar falas, realidades, contos de um povo que reage sempre à desventura e que em cada crepúsculo vê sempre uma nova madrugada, como gosta de lembrar. Aquilino Ribeiro, português, beirão, acreditamos que gostaria de ler este livro... Disponibilidade: Indisponível
|